Categoria - Liderança Cristã

LIDERANÇA CORAJOSA E AUTÊNTICA PARA TEMPOS DE DESAFIO

Kent j. Ingle

Estamos em meio a forças de transição que estão criando um novo mundo.

Precisamos de líderes que se tornem agentes de mudança transformadora e que mostrem coragem e sabedoria diante de desafios sem precedentes que a igreja está enfrentando.

Precisamos de líderes que encarem a cultura de frente e alavanquem-na para alcançar pessoas para Cristo. Precisamos de líderes que possam mudar a nossa forma de agir na igreja, de dentro para fora, para então começarmos a ver os milagres de transformação em nossas comunidades. O ministério eficaz em nossa cultura hoje começa e termina na liderança transformadora.O que é preciso para ser um líder corajoso em tempos de mudança? Liderar é viver perigosamente. Quando lidera as pessoas através de mudança, você desafia aquilo que elas mais prezam – seus hábitos, suas lealdades e seu pensar. As pessoas podem se retrair quando você perturba o equilíbrio pessoal e institucional de sua zona de conforto.Não é de admirar que pastores hesitem muitas vezes quando surgem oportunidades para se exercer liderança. Não obstante sua liderança possa ser cordial, sua estratégia ser cuidadosa e você estar convicto de estar na trilha correta, liderar é desafiador. Mas se você for um líder corajoso, disposto a levar as pessoas a uma jornada transformadora, você sabe que vale a pena o risco porque o objetivo final é a expansão do reino de Deus.Se for apaixonado por Deus, você fará o que for preciso para ajudar as pessoas a experimentarem a vida que Deus planejou para elas.O que está no cerne de um líder transformador? O que é necessário ou o que podemos esperar de um líder que identificamos como transformador? Insights sobre a liderança transformadora e corajosa incluem:

1. Reconhecendo que a verdadeira eficácia provém da vida interior do líder

Líderes querem ser eficazes. Querem ferramentas e abordagens à mão que os ajudem a causar um maior impacto para Jesus Cristo. Muitas conferências sobre crescimento de igrejas, seminários e literatura de vanguarda, no entanto, parecem centrar-se apenas nas metodologias e técnicas exteriores. O verdadeiro fundamento para o ministério de transformação repousa dentro do próprio líder – em seu caráter, sua paixão e autenticidade.Todo líder de ministério já passou por momentos de apatia em espírito, de ineficácia, de desânimo e de dúvidas que esses tempos trazem. Tenho andado longe de seminários que ensinam que tudo que eu precisava fazer para transformar um ministério era escrever uma declaração nova de visão, reescrever os valores principais, plantar uma igreja no local certo, providenciar estacionamento adequado e lugares suficientes no templo, montar um grupo de louvor bem treinado e uma equipe de teatro talentosa, envolver-me em um ministério de pequenos grupos de relacionamentos, saber como avaliar constantemente, e assim minha congregação iria crescer além dos meus sonhos.E quanto à autenticidade? O ministério eficaz não requer mais que uma abundância de criatividade, longas jornadas de trabalho e capacitação responsável?No início de meu ministério, ouvi dizer que a igreja é extensão do líder e que ela assume a personalidade do líder. Recentemente, especialistas em liderança têm reiterado que o líder é o homem-modelo da equipe. Esses fatos são, até certo ponto, verdade. Se a igreja é uma extensão do líder, se a igreja assume a personalidade do líder e se a igreja olha para o líder como o homem-modelo da equipe, não é racional que a autenticidade e a vida particular do líder precisem ser desenvolvidas, protegidas e difundidas?Um amigo mentor me lembra que Deus raramente abençoa o ministério de pessoas com caráter duvidoso, comportamento questionável e espiritualidade não notável. As bênçãos de Deus normalmente repousam sobre aqueles que têm seus atos morais, espirituais e intelectuais conjuntamente. As bênçãos de Deus e o ministério de transformação parecem girar em torno da vida particular e pessoal do líder do ministério. Com certeza, um líder sem autenticidade pessoal pode ter eficácia pastoral, porém apenas por um tempo. Eu tenho um palpite sobre como Deus mede o sucesso do ministério – como Ele faz com a vida de alguém – não pelo barulho externo do nosso carisma, mas pelo caráter interno de nossas vidas; não pela pompa de nossa personalidade, mas pela integridade do coração; e não pelo brilho momentâneo de estar no lugar certo na hora certa, mas por uma vida de comprometimento e de serviços que muitas vezes é desconhecida e não anunciada deste lado do céu.Nem todos os que Deus chamou estão fazendo uma diferença transformadora. Por quê? Duas pessoas podem se graduar na mesma universidade, no mesmo curso e terem experiência equivalente, mas produzem resultados distintos. Um irá prosperar e fazer a diferença; o outro irá tropeçar e falhar, em apatia e em indiferença. Duas igrejas em uma mesma comunidade, com as mesmas doutrinas teológicas, ministrando à mesma classe socioeconômica, com potenciais similares, podem alcançar resultados diferentes. Por quê? Alguns líderes de ministério podem ter perdido uma autêntica influência de transformação, não necessariamente por causa da falta de desejo ou de unidade, mas pelo simples fato de falharem em reconhecer que a eficácia vem de dentro para fora.

2. Cultivando espiritualidade profunda

Cultivamos o núcleo de nossa vida interior através do desenvolvimento de nossa espiritualidade. Confiando nas habilidades, nos talentos e na personalidade exterior só se vai até aqui. A vida do líder espiritual é um indicador muito mais importante do que faz uma diferença transformadora. As pessoas estão muito mais comprometidas em seguir um líder cuja comunicação e estilo de vida irradiam espiritualidade.Você pode descobrir profunda espiritualidade no convite de Jesus: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mt 11:28-30). Depois de ter sido batizado por João, Jesus passou um tempo na solidão e no jejum, enquanto Satanás O tentava e testava no deserto. Durante o restante de Sua vida e ministério, Jesus sempre passou um tempo sozinho – mesmo orando noite adentro – antes de atender às necessidades de Seus seguidores no dia seguinte. A preparação no deserto fez Jesus eficaz no Seu serviço. Se não cultivar o centro espiritual profundo de sua vida, você não pode esperar eficácia transformadora no exercício do ministério diário.A verdadeira espiritualidade é o caminho pelo qual podemos cultivar a sensibilidade para a presença do Deus vivo. Temos que manter essa consciência viva e vital até o fim para que sejamos formados no Espírito de Jesus Cristo.No início de meu ministério pastoral, um professor de mentoreamento, Roger Heuser, apresentou-me o conceito dos meios da graça. Esses meios têm revolucionado a minha vida interior e me ajudaram a crescer mais profundamente em Cristo. Meios da graça se referem aos meios e não aos fins, e graça, não méritos. Os meios não têm valor intrínseco. Não há nenhum mérito em fazê-los simplesmente por fazê-los. Seu valor está em sua capacidade de preparar o seguidor de Cristo para receber, para abrir os canais entre Deus e a congregação ou o indivíduo, para receber a graça que só Deus pode dar.Em Sua vida particular e pública, Jesus ensinou, pelo exemplo, que os meios da graça incluem: a oração (Mc 14:35,36), o jejum (Mt 4:2), a Ceia do Senhor (Lc 22:14), o exame das Escrituras (Lc 2:46,47), a conversa espiritual (Mt 7:28,29) e a adoração no templo (Lc 4:16). Adicionado a estes meios internos estão os externos: atos de misericórdia (ministérios sociais), evitando fazer mal a alguém e atendendo às ordenanças e aos serviços da igreja. Quando diariamente submergimos e praticamos estas disciplinas, elas nos colocam onde o Espírito de Deus pode trabalhar no interior e nos transformar.Tenha cuidado para não igualar o ministério de transformação com a espiritualidade. Ministério consome a alma e espiritualidade a revigora. Precisamos desesperadamente de líderes de mudança ativa, mas não para a exclusão da intimidade com Deus. Mais que a modelagem de uma vida espiritual, seu relacionamento com Cristo torna-se uma inspiração efetiva na introdução de sua congregação para um ministério transformador dirigido pelo Espírito.

3. Confiando no poder espiritual

Autênticos líderes transformadores não podem perder o poder espiritual. O poder vem quando esgotamos todos os recursos que Deus coloca à disposição. Precisamos reconhecer que Deus nos concedeu e projetou com uma energia tal que vai mudar vidas e impactar nossa cultura para o Reino.Líderes de ministério devem ter ciência de que é fácil de se perder o poder espiritual. Uma história do Antigo Testamento fala de um jovem em um seminário que perdeu o seu poder (2Rs 6:1-7). O diretor da escola era o profeta Elias. Inscrever-se lá era tão concorrido que precisaram de um novo dormitório. Os alunos ofereceram sua ajuda.Um jovem emprestou um machado e começou a cortar árvores para limpar um terreno à beira do rio. Ele começou a sua missão com entusiasmo, mas, de repente, o machado voou do cabo e caiu no rio. Ele perdeu sua força transformacional. “Oh, meu senhor”, ele gritou para Elias, “ele era emprestado”. Elias tomou um graveto, jogou-o na água e o machado flutuou até a superfície do rio.Você não precisa olhar tão abaixo da superfície desse evento para que a verdade espiritual venha flutuando para cima. Muitos líderes estão trabalhando intensamente para o Senhor, mas estão frustrados, porque não têm o poder de causar um impacto de transformação em suas comunidades. Tornaram-se monótonos e sem vida, em grande parte ineficazes na condição de agentes de mudança em uma cultura em mudança.Perdemos a vantagem de transformação se estivermos confiando em nossa ingenuidade, em vez de confiarmos no poder de Deus. Será que estamos dependendo de programas e atividades feitos por homens a ponto de substituir o poder de Deus em nossas vidas? Sistemas, planos estratégicos e desenvolvimento de programa não passam de substituições para o trabalhar do Espírito de Deus em nossas vidas e na vida de nossas congregações. O Espírito de Deus pode nos dar a energia que irá conduzir a criatividade para desenvolver os meios pelos quais podemos ser transformadores.Os primeiros discípulos eram corajosos, autênticos e transformadores, porque o poder de Deus havia sido infundido neles. Os líderes da comunidade observavam a confiança de Pedro e de João. O que causou esse impacto? Eles perguntaram: “Com que poder ou em nome de quem fizestes isto?” (…) “Então Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: “Os governantes e os anciãos do povo! Se estamos sendo chamados a prestar contas hoje para um ato de bondade em favor de um aleijado e nos perguntam como ele foi curado, saibam os senhores e todo o povo de Israel: é pelo nome de Jesus Cristo de Nazaré, a quem vocês crucificaram, mas a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, é que este homem está aí curado.” (At 4:7-10).Sem o poder de Deus iremos realizar pouca transformação na vida para o Reino. O poder de Deus é a vida de Deus em Cristo, liberada através da obra do Espírito Santo. Nossas congregações, com a nossa capacidade de organização, desenvolvimentos estratégicos e programas criativos, nada mais são que os cabos sobre os quais o machado da vida de Deus se sustenta.

4. Compreendendo o poder da inteligência emocional

Os líderes transformadores inflamam a nossa paixão e inspiram o melhor que temos. Ao tentarmos explicar por que eles são tão eficazes, tendemos a falar de estratégia, visão ou ideias criativas. Muitas vezes, a realidade é que a grande liderança é exercitada através das emoções.Não importa o que os líderes se propõem a fazer – se criação de estratégia e mobilização de equipes para ação – seu sucesso depende de como eles fazem isso. Mesmo se conseguem fazer tudo certo, se os líderes falham na tarefa de conduzir as emoções na direção correta, nada do que façam irá funcionar tão bem quanto poderia ou deveria.O cientista comportamental Daniel Goleman afirma que apenas um terço da eficácia de um líder reside nas áreas de inteligência bruta e de conhecimento técnico. Os outros dois terços estão na dimensão do que ele chama de inteligência emocional, que inclui qualidades como autoconsciência, controle de impulsos, persistência, zelo, auto-motivação e empatia. Tanto o líder quanto seus seguidores se beneficiam deste conjunto específico de competências de liderança. O líder emocionalmente inteligente exibe coragem, auto-controle e confiança, que estabelecem a base para a integridade, a consciência e a confiança – os elementos importantes para os quais os seguidores olham.A inteligência emocional dos líderes acarreta enormes implicações para as organizações do ministério que lideram porque reflete o humor deles. Assim como as pessoas têm ligações emocionais entre si, uma congregação como um todo pode tomar para si a perspectiva emocional do líder. O entusiasmo, o otimismo e a energia do líder se propagam em toda a sua influência. Por outro lado, o desânimo, o pessimismo e o negativismo também afetam seus seguidores. O líder transformador tem a oportunidade de definir o tom – otimista, ansioso, calmo, estressado, etc. Líderes devem acompanhar de perto os sinais emocionais que emitem. Isto ajuda o líder que precisa desenvolver e gerenciar um elevado grau de inteligência emocional em posições-chave de liderança e nos principais desenvolvimentos da comunidade, do trabalho em equipe, da responsabilidade missionária e da prestação de contas – os elementos que fomentam a transformação.

5. Sendo um constante sonhador

Você pode perder a eficácia transformadora por não estar sonhando. Sonhar é a capacidade de antecipar o futuro. Nós construímos o ministério de transformação, contudo, por antecipação e não por reação. Um sonho excede limites, ousando realizar algo para o reino de Deus.A pessoa que abraça um sonho e cria coragem e inspiração na alma para moldar sua vida é capaz de mudar o mundo. A mente de Walt Disney criou diversos personagens famosos em quadrinhos (Mickey, Minnie, Pluto e Pato Donald), presentes em desenhos animados, filmes, livros, etc. No entanto, um de seus maiores sonhos era a transformação de um pantanal sem valor, perto de Orlando, na Flórida (EUA), em um mundo encantado de hotéis, resorts, restaurantes, passeios e exposições, hoje conhecido como Disney World.Martin Luther King Jr. tinha um sonho de paz, fraternidade e liberdade. Sua visão não era um ideal sublime, mas um olhar para o futuro.Provérbios 29.18 diz: “Onde não há revelação divina, o povo se desvia; mas como é feliz quem obedece à lei!” (NVI). Como um cavalo desenfreado, os líderes desperdiçam energia em coisas menos importantes. Deslocam suas prioridades por falta de direção nem foco.Um ministério corajoso e autêntico demanda uma transformação que se comece com o fim em mente. Em outras palavras, as pessoas de visão precisam começar com uma compreensão clara de seu propósito. Elas sabem para onde estão indo e que passos tomar para atingirem seu objetivo.A eficácia de um ministério exige que seu líder saiba o que Deus quer e se mova, em conjunto com Ele, em direção a esse sonho. Os líderes que estão causando impacto são os que estão comprometidos com a realização e o cumprimento dos sonhos definidos por Deus.

UM MODELO DE ESPIRITUALIDADE PESSOAL QUE ALIMENTA A LIDERANÇA TRANSFORMADORA

Se sua alma é fraca, sua liderança será fraca. Um líder transformador precisa de um modelo pessoal de espiritualidade que irá fornecer uma base sólida para o ministério. Há certos meios e disciplinas que, se praticados, desenvolverão, protegerão e promoverão este modelo pessoal de espiritualidade.Um modelo de espiritualidade que nutre, reaviva e renova o meu ser na liderança do ministério inclui os seguintes cinco componentes:

A experiência de Deus

A espiritualidade verdadeira começa com a compreensão de que podemos experimentar Deus de uma forma pessoal. Pode-se conhecer a Deus pelo encontro com Deus. O encontro começa quando nos aproximamos de Deus. Se uma pessoa se aproxima de Deus, Deus se aproximará daquela pessoa (Tg 4:8). Eu não posso fazer diferença de transformação sem uma ligação diária com a mente e o coração de Deus. Vou perder a vanguarda da liderança se eu confiar na minha própria criatividade, em vez de no poder de Deus.

A devoção à Deus

A devoção não é uma atividade, é fazer de Deus o centro de nossos pensamentos. Uma atitude devotada a Deus é composta por três elementos: o temor de Deus, o amor de Deus, e o desejo de Deus. Quanto mais profunda a minha percepção do amor de Deus para mim em Cristo, o mais profundo respeito e minha admiração dEle. Na devoção a Deus, nunca devo esquecer que eu era ao mesmo tempo um objeto da santa e justa ira de Deus, mas ainda assim Ele me amou tanto que deu Jesus para receber a ira no meu lugar. É esta consciência do amor de Deus que me mantém constantemente dedicado a Ele e cria o desejo de crescer nEle.

O Crescimento em relação a Deus

Jesus deixou claro que devemos crescer na vida espiritual. Ele declarou que o reino de Deus será tirado daqueles que não deram frutos espirituais e será dado às pessoas que produzirem frutos (Mt 21:43). Paulo disse: treine e desenvolva-se. Quando Paulo falou estas palavras a Timóteo, ele sentiu que Timóteo foi pessoalmente responsável por avançar na sua relação com Deus. Eu preciso estudar constantemente, buscar e desenvolver o hábito da aprendizagem ao longo da vida. Eu devo buscar o Senhor com todo meu coração e ser discipulado de uma maneira que Lhe agrada.

A Doação à Deus

As manifestações dos dons, especialmente o carisma paulino, encaixa de forma proeminente na vida espiritual dos crentes. Os dons simbolizam pelo menos três categorias de significado: o batismo do Espírito, poder e edificação. O batismo do Espírito representa a confirmação da presença do Espírito na vida de uma pessoa com poder e dons. Falar em línguas é a evidência inicial do evento de batismo no Espírito Santo (At 2:4). Batismo no Espírito Santo, então, ocorre inicialmente com uma experiência de eventos e continua com o processo chamado de vida cheia do Espírito. Quando eu permitir que esta dádiva de Deus fluía através do meu cotidiano, meus dons pessoais são mais nítidos e mais eficazes.

Relações públicas em Deus

Espiritualidade inclui relacionamentos comuns. Outras pessoas são parte integrante de todos os aspectos do desenvolvimento espiritual. Deus usa outras pessoas no sistema de aprendizagem e de tutoria. Na outra ponta do processo, a vida de uma pessoa, como cristã, irá afetar a formação de outros. Nunca se deve subestimar o poder de chamar os amigos para uma volta ao centro da verdadeira espiritualidade. Preciso confiar mais e mais nos amigos para a sustentação. Eu preciso ser mais transparente e permitir que outros venham ao meu lado com o encorajamento espiritual. Eu preciso estar disposto a deixar que os outros me conheçam para que eles possam fazer as perguntas desafiadoras que irão impelir-me a uma maior espiritualidade. Conhecer os outros e ser conhecido só irá causar uma maior transformação no reino de Deus (Pv 27:17).

VALORES CENTRAIS DE UM LÍDER TRANSFORMADOR

Os valores centrais, semelhante aos seguintes, podem ser a força motriz por trás da atividade missionária de um agente transformador de Deus.

Coragem
Nenhuma missão na vida é cumprida sem coragem. É por isso que em toda a Escritura, Deus nos ensina a ser corajoso (1Co 16:13). Um líder transformacional tem de ter coragem em muitas circunstâncias e estar disposto a enfrentá-las. Com o risco você pode falhar, mas sem risco você nunca terá sucesso.

Curiosidade
Curiosidade é o lugar onde os sonhos nascem. Curiosidade procura uma resposta para a pergunta: “E se?” E se você fosse ousado em pedir a Deus para fazer algo grande através de você? Afinal, se Deus é por nós, quem será contra nós (Rm 8:31)? A curiosidade é uma marca de alguém causando um impacto para o reino de Deus.

Compaixão
Para causar um impacto transformador na vida das pessoas, precisamos ver as pessoas como objetos do amor de Deus. Como Jesus e seus discípulos caminharam pelas estradas da Palestina, Jesus viu os indivíduos, enquanto os discípulos viam apenas as massas (Mt 9:35,36). Os discípulos viam as pessoas que estavam sofrendo e queriam fugir. Jesus via as pessoas em necessidade e queria ajudar. Sempre veja as pessoas na perspectiva de Deus.

Compromisso
Este valor transforma a mediocridade em magnificência. Compromisso separa sonhadores de praticantes. Jesus procurou pessoas que estariam comprometidas com Ele e com Seu reino. Ele sugeriu que não há trabalhadores no campo de colheita, devido à falta de compromisso (Mt 9:37). Cristo exige o comprometimento (Mc 8:34). A excelência só pode vir através de compromisso.

Comissão
Jesus não só queria que Seus discípulos tivessem amor para com os perdidos, mas também que levassem os perdidos à salvação e à maturidade espiritual (Mt 28:19,20). Ele não só nos quis reconhecer as necessidades, Ele também quis que começássemos a ser seguidores dedicados inteiramente a Ele. Deus nunca foi casual sobre os perdidos. Os líderes transformadores sabem da urgência de levar as boas novas para as pessoas que precisam de Jesus.

CONCLUSÃO

Como já tenho me deparado com a questão da influência transformadora e estudado a eficácia dos líderes de ministério, eu saí com uma conclusão: Líderes corajosos e autênticos que causam impacto estão aperfeiçoando as disciplinas interiores ordenadas por Deus, que não somente testam, mas também moldam seu ministério. Pessoas que fazem a diferença possuem inegáveis qualidades interiores. Estas qualidades fazem a diferença entre estar em meio à ação e apenas assisti-las de fora. Jesus pretendia líderes transformadores autênticos para viverem e liderarem à frente. Causar um impacto e ser eficaz exigem que você esteja disposto a se preparar e a depender de Deus para levar um relacionamento mais profundo com Ele, que lhe fornecerá Seu poder espiritual para desenvolver a sua expressão de liderança emocional e incrementar seus sonhos.

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